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EXPERIÊNCIAS PELO MUNDO

Sempre que penso nas minhas viagens fico muito grata por ter tido a sorte de nascer em uma família que sempre me apoiou em tudo o que almejei. Desde criança viajava o Brasil com a minha mãe porque ela sempre disse que eu precisava conhecer o meu país antes de ir para fora. E foi exatamente assim. Claro, que o Brasil é muito grande e ainda não conheço todos os estados. Mas essa é uma vontade que ainda tenho e algum dia irei realizar. 

Com 15 anos fiz minha primeira viagem internacional e, diferente dos meus amigos, não queria ir para a Disney. Meu sonho era conhecer a Itália. Nessa época eu já falava inglês e um pouco de espanhol, mas ainda era adolescente e não tinha maturidade ou coragem de me expressar na frente de pessoas desconhecidas. Fiz aquele estilo de road trip de excursão que você visita vários lugares, mas não conhece nenhum de verdade. Também fui à Alemanha, França e Áustria. Com certeza, preciso voltar.

Aos 16, novamente fiz uma excursão, desta vez, para o lugar que "combinava" com a minha idade: Disney. Incrível como em apenas um ano já me sentia mais confiante para conversar em inglês. Mas sejamos sinceros, ninguém realmente pratica inglês em Orlando... No mesmo ano também tive a oportunidade de conhecer nossos hermanos na Argentina. Me APAIXONEI por Buenos Aires! Mas tive uma infecção no estômago e minha viagem acabou no terceiro dia.

Em 2013, com 18 anos, era hora de realmente praticar meu inglês. Viajei a Nova York para finalmente conhecer a Big Apple que eu via nos filmes. Assistindo à todas aquelas peças da Broadway, lendo as descrições nos museus e conversando com todo mundo que eu podia, pela primeira vez, percebi como meu inglês realmente estava avançado. Não tinha como não se apaixonar pela cidade - tanto, que voltei pouco tempo depois.

Com 20 anos decidi que não queria mais viajar com empresas de excursão. Estava pronta para me jogar no mundo sozinha e aprender a me virar. Demorei um ano para juntar todo o dinheiro e voltei a Nova York e a experiência não poderia ter sido mais intensa porque, assim que eu cheguei no inverno de -15 graus PERDERAM A MINHA MALA (detalhe: não encontraram e isso gerou um processo)! Precisei me virar com as roupas do corpo, meu inglês e o dinheiro que eu tinha por um mês. Naquela época - me sentindo uma velha falando assim - eu não tinha os recursos de internet internacional, então tudo precisou ser no boca a boca. E não é que deu certo?! Antes dessa viagem, eu ainda tinha encontrado uma super promoção de Nova York - Londres e lá fui eu para as terras da rainha pela primeira vez. Fiquei pouco tempo porque realmente não tinha muito dinheiro para me manter, mas foi tempo o suficiente para ficar presa na Inglaterra por conta de uma nevasca.

Londres virou minha cidade preferida. Sempre fui uma grande fã dos romances e suspenses ingleses. Sem contar que o sotaque me conquistava. Depois da história da perda da mala, ganhei um dinheiro extra e resolvi investir em um intercâmbio. Fiquei um pouco mais de um mês vivendo em Londres. Vivendo, digo, realmente vivendo: dividia apartamento com pessoas de vários países, pegava ônibus para chegar na escola, ia ao mercado... mas sempre tinha um tempinho para turistar. Depois do curso, fiquei mais um mês rodando a Europa e, dessa vez, realmente conhecendo os lugares com calma. Passei por Portugal, Espanha (onde fui atropelada por uma bicicleta), Amsterdã (onde roubaram minha carteira) e Escócia e ainda dei um pulinho em Bruges, na Bélgica. Tudo da maneira mais barata possível, pernoitando em ônibus ou trens. Foi uma BAITA experiência. Também voltei à França, dessa vez, já falando francês! Lá consegui alguns contatos que mantenho até hoje. 

No mesmo ano, tive a oportunidade de acompanhar minha mãe em congresso na Colômbia. Enquanto ela estava fora, rodei por Medellín, conversei com muita gente e pude perceber as verdadeiras diferenças entre os sotaques de espanhol argentino, espanhol e colombiano.

Eis que, em 2018, tive a maior experiência de todas: Hong Kong! O que era para ser uma visita de três semanas a um amigo, virou uma estadia de dois meses com direito a uma viagem à China Continental. Foi um alívio poder me virar com o inglês em Hong Kong, realmente me senti pertencente a aquele lugar. Mas a China... Foi um grande desafio! Principalmente sem a possibilidade de usar a internet, com pouco dinheiro e culturas totalmente diferentes. Essa história não vai caber aqui porque realmente é MUITA coisa. Mas ficarei feliz em compartilhar mais um pouco com quem se interessar.    :)

Por fim, minha última viagem foi voltar a Buenos Aires e não passar mal dessa vez! Foi um sucesso. Meu objetivo era não deixar ninguém perceber que eu era brasileira. Queria realmente treinar meu espanhol. Obviamente, não consegui, até porque os argentinos identificam brasileiros só de olhar, mas foi incrível poder conhecer de verdade essa cidade tão agradável e cheia de lugares escondidos. 

Com a crise da Covid-19, minhas viagens tem sido do quarto para a sala, da sala para a cozinha e, às vezes, um pulinho na varanda. Mas tenho certeza que, quando tudo se normalizar, estarei de malas prontas para mais uma história. 

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